O livro Memorial do Convento, escrito
por José Saramago, dá ênfase à relação amorosa das personagens Baltasar
Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas.
Esta relação começa de uma forma totalmente diferente das outras, já que as
duas personagens se conhecem num auto de fé, onde a mãe da Blimunda, Sebastiana
de Jesus, foi condenada à pena de ser degredada para Angola. No decorrer da
história, é narrada a relação destes dois protagonistas como um casal.
Eles enfrentam todas as adversidades e os imprevistos com força, determinação, mas, sobretudo, com amor e respeito. Em determinada
parte da história, os dois tornam-se cúmplices do Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão na
construção da máquina voadora, “A Passarola”. Estes dois trabalham arduamente e
ocupam-se de tarefas diferentes: Baltasar na edificação, em si, do aparato da máquina e
Blimunda na recolha de vontades, uma vez que a jovem possuía poderes sobrenaturais. O
mesmo artefacto, no final da obra, é aquele que separa os dois amantes de forma
definitiva.
Baltasar e Blimunda
representam, sem dúvida alguma, o tipo de amor e o tipo de relação conhecida como
ideal. Os dois amam-se completamente e loucamente, ao ponto de Blimunda procurar Baltasar por um período de nove anos, depois de, em certo dia, simplesmente ele ter desaparecido.
O narrador mostra, ao leitor, a sua convicção sobre o
verdadeiro amor, no momento em que Blimunda apanha a vontade do Baltasar, quando ele está a morrer num
auto de fé. Esta vontade teria que ficar na terra, pois pertencia a Blimunda. Assim se mostra a sublimidade no amor representado por este casal.
Lorena Sanchez, 12º C1
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