Tranquilo Cavalo de Ferro,
A juventude, a animação, prometem,
A hora de ponta ao silêncio remete,
Trabalhadores mudos eu enterro.
A juventude, a animação, prometem,
A hora de ponta ao silêncio remete,
Trabalhadores mudos eu enterro.
Pelas ruas de Lisboa caminhamos,
Rodeados de marcas de um poeta,
Perto da Brasileira, Pessoa, de pedra lisboeta
E, em baixo, a sua origem contemplamos.
Enquanto passamos pela igreja,
Sentimos falta do sino da nossa aldeia,
A ausência da nossa alma ateia
Voltar àquele local deseja.
Sentimos falta do sino da nossa aldeia,
A ausência da nossa alma ateia
Voltar àquele local deseja.
Descendo as ruas até ao rio,
Cada vez mais perto da passagem da vida,
25 de abril a revolução convida,
Vendo Cristo Rei em meio de um nevoeiro frio.
Os elétricos cruzam as ruas,
Assim como Pessoa o fazia a pé,
E, para tomar o teu último café,
No Martinho da Arcada tu desaguas.
Sai uma velha de uma loja de grife,
Enquanto mendigos pedincham dinheiro,
Já nós, num passo ligeiro,
Aproximamo-nos do teu esquife.
Depois de tanto tempo a andar,
À tua casa chegamos,
Onde, finalmente, sossegamos
O anseio pelo teu saber de pensar.
Nesta, retratos da tua vida
E lembranças que vieras a citar
Nos poemas que enchem este lugar
Sentimos a tua escrita sentida.
Na tua biblioteca rica em livros,
Presenciamos a tua vasta sabedoria
E encontraste com esta, a alegria,
Na pobreza obtendo verdadeiros prémios merecidos.
Ana Rita Neves, nº3
Daniela Alegria, nº13
Margarida Luz, nº30
12º C3, novembro de 2022
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