Andava eu pelas ruas da grande Lisboa,
Mais um dia na vida de um simples cidadão,
Como quem desfruta de uma vida boa
E não tem peso no coração.
Tudo começou na estação,
Espaçosa e repleta de calçada,
As saudades que eu tinha daquela visão,
Avistei ali uma idosa debruçada.
Começámos a andar,
Ouviam-se os adolescentes todos animados,
Que alegria senti de lá voltar,
Viam-se os típicos prédios nunca antes renovados.
Descemos a rua à nossa frente,
Padaria com cheiro a pão fresco,
Mas logo chegámos a uma subida deprimente,
Até que avistei algo gigantesco.
Era uma das primeiras casas de Fernando Pessoa,
Simples e típica, silêncio se fez,
Admiração por aquela vista boa?
Decerto que os meus olhos satisfez.
Continuámos a andar pelas estreitas ruas,
Andámos pela Rua Garrett,
Um chão cheio de ranhuras,
Para alguns de nós aquilo já era um frete.
Chegámos à estátua de um senhor perdido em seu pensamento,
Ali a vida parecia não acabar,
Pois aquele monumento
O passado estava a preservar.
Verde e desgastado,
Ao lado das esplanadas,
Ali o senhor sentado,
No centro de pessoas animadas.
Não acabou aqui a nossa viagem
Mas aqui paro de escrever,
Têm de ver aquela paisagem,
É algo muito bom a não se perder.
Guilherme Gomes nº13, 12º E, 2022
Lara Cunha nº17, 12º E, 2022
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