terça-feira, 22 de novembro de 2022

Pelas Ruas da Grande Lisboa



Andava eu pelas ruas da grande Lisboa,

Mais um dia na vida de um simples cidadão,

Como quem desfruta de uma vida boa

E não tem peso no coração.


Tudo começou na estação,

Espaçosa e repleta de calçada,

As saudades que eu tinha daquela visão,

Avistei ali uma idosa debruçada.


Começámos a andar,

Ouviam-se os adolescentes todos animados,

Que alegria senti de lá voltar,

Viam-se os típicos prédios nunca antes renovados.


Descemos a rua à nossa frente,

Padaria com cheiro a pão fresco,

Mas logo chegámos a uma subida deprimente,

Até que avistei algo gigantesco.


Era uma das primeiras casas de Fernando Pessoa,

Simples e típica, silêncio se fez,

Admiração por aquela vista boa?

Decerto que os meus olhos satisfez.


Continuámos a andar pelas estreitas ruas,

Andámos pela Rua Garrett,

Um chão cheio de ranhuras,

Para alguns de nós aquilo já era um frete.


Chegámos à estátua de um senhor perdido em seu pensamento,

Ali a vida parecia não acabar,

Pois aquele monumento

O passado estava a preservar.


Verde e desgastado,

Ao lado das esplanadas,

Ali o senhor sentado,

No centro de pessoas animadas.


Não acabou aqui a nossa viagem

Mas aqui paro de escrever,

Têm de ver aquela paisagem,

É algo muito bom a não se perder.



Guilherme Gomes nº13, 12º E, 2022

Lara Cunha nº17, 12º E, 2022





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