Tudo começou quando eu tinha 7 anos. Estava no 1º ano e, na altura, havia um problema que atormentava a minha escola, quase todos, menos os sortudos. Hoje em dia, teria a designação de pandemia, mas, na altura, não passava de uma praga de seres pequenos, quase invisíveis, que saltavam de cabeça em cabeça.
No entanto, o problema maior era a comichão que causavam estes bichos pestilentos, que mais tarde se descobriu chamarem-se piolhos. Determinada a achar uma solução, falei com a minha mãe. Ela levou-me a uma farmácia, mas a senhora disse que, naquele momento, o produto que queríamos estava esgotado. Com essa idade, tinha uma imaginação muito fértil e, então, comecei logo a imaginar que eu e a minha mãe éramos duas princesas à procura de uma poção mágica e decidimos ir a várias bruxas, feiticeiras e magos, mas nenhum tinha a poção.
Depois de procurar em muitas farmácias, encontrámos a solução que seria, finalmente , a cura para a doença da princesa júnior. Assim que chegámos a casa, fomos para a casa de banho e a minha mãe lançou a poção na minha cabeça e passou um pente mágico nos meus cabelos. No final, levantei-me e reparei que o lavatório tinha virado um verdadeiro cemitério de piolhos.
Suspirei de alívio. Mal sabia eu que, passadas duas semanas, voltaria a ter o mesmo problema.
Guilherme de Deus nº12, Guilherme Gomes nº13, Lara Cunha nº17,
12º E, Ano Letivo d e2022-2023
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