Os Maias, Carta de Despedida de
Pedro da Maia, em foram de poema
Pai, escrevo-te este
poema,
para que possas
perceber
Que, por causa de um
esquema,
comecei a sofrer.
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Piorou a situação
A carta que encontrei.
A Maria tinha fugido,
então,
Com o Napolitano que
ajudei.
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Estava feliz com Maria,
tivemos dois filhos
juntos.
Nunca pensei que de mim
fugia,
devido a
"certos" assuntos.
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Deixou, no entanto,
Carlos Eduardo.
Espero que, entretanto,
Para ti não se torne um
fardo.
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Certo dia fui caçar
e levei a minha arma
comigo.
Quando fui a disparar,
Feri um amigo.
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Digo isto,
porque contigo o vou
deixar.
Com este imprevisto,
Eu não consigo lidar.
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Chamava-se Tancredo,
E era Italiano.
Não tinha nenhum medo,
Já o conhecia há um
ano.
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A educação a que fui
sujeito,
Para isto não me
preparou.
Não consigo aguentar
esta dor no peito,
É assim que eu estou.
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Em minha casa o recebi,
Da ferida dele tratei.
Nunca percebi
Onde é que eu errei.
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Não fiques triste
agora,
Tens Carlos contigo.
Prepara-o para o que há
la fora,
E protege-o do perigo.
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Quando ficou curado,
Para fora ia,
Não estava acabado,
Deixou flores e um
poema a Maria.
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Com esta última
estrofe,
Me despeço de ti.
Espero que Carlos nunca
sofra
Aquilo que eu sofri.
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Um dia, quando eu
regressava,
O silêncio pairava no
ar.
Não encontrava Maria,
Comecei-me a preocupar.
João Almeida, 11º C1
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