Fedra Filipa Delgado Gomes da Silva, 12º E, novembro de 2022
terça-feira, 22 de novembro de 2022
Passeio pela Lisboa de Pessoa
Ribeira das Naus
Gonçalo Gonçalves
Rúben Duarte
ROTEIRO PESSOANO
Fomos a uma visita a Lisboa.
Percorremo-la toda,
Até chegar à casa de Pessoa.
Prontos para seguir a nossa direção.
Ouvimos o comboio chegar…
Meu Deus! Estava a abarrotar.
Deambulação Pessoana
Onde encontro tal agitação,
Rege em mim um sentimento de euforia,
Ao prever a minha chegada junto da escuridão.
Mediante as vigorosas portas da linha-férrea.
Vejo-me, encontro-me no centro da Sede de Portugal,
Em busca do visionário de escrita etérea.
Num café de histórias a traçar a tua história,
Escrevendo poemas que não paraste de compor,
Que te levariam aos dias de glória.
De frente a um teatro,
Que coincidência é vires a encarnar
tantas pessoas que idolatro!
Em que recebemos a tua última Mensagem,
Onde tiveste o teu último café, doente,
Escrevendo poemas que não se vão embora à tua passagem.
Tortura que me levará ao propósito desta jornada,
Ladeiras que acredito serem demais
Fazem-me temer que o esforço não valha nada.
De frente para o teu palácio estou abismado,
Local onde escreveste invictas palavras e páginas,
Faz-me desejar ter estado aqui no passado.
Onde quiseste ser inconscientemente consciente,
Onde te refugiaste dos teus pensamentos,
Aqui percebi que toda a ambulação foi suficiente.
Mariana Luz, nº21
12º E1, novembro de 2022
A cidade de Álvaro de Campos
Álvaro de Campos, “Apostila”
Pelas Ruas da Grande Lisboa
Andava eu pelas ruas da grande Lisboa,
Mais um dia na vida de um simples cidadão,
Como quem desfruta de uma vida boa
E não tem peso no coração.
Tudo começou na estação,
Espaçosa e repleta de calçada,
As saudades que eu tinha daquela visão,
Avistei ali uma idosa debruçada.
Começámos a andar,
Ouviam-se os adolescentes todos animados,
Que alegria senti de lá voltar,
Viam-se os típicos prédios nunca antes renovados.
Descemos a rua à nossa frente,
Padaria com cheiro a pão fresco,
Mas logo chegámos a uma subida deprimente,
Até que avistei algo gigantesco.
Era uma das primeiras casas de Fernando Pessoa,
Simples e típica, silêncio se fez,
Admiração por aquela vista boa?
Decerto que os meus olhos satisfez.
Continuámos a andar pelas estreitas ruas,
Andámos pela Rua Garrett,
Um chão cheio de ranhuras,
Para alguns de nós aquilo já era um frete.
Chegámos à estátua de um senhor perdido em seu pensamento,
Ali a vida parecia não acabar,
Pois aquele monumento
O passado estava a preservar.
Verde e desgastado,
Ao lado das esplanadas,
Ali o senhor sentado,
No centro de pessoas animadas.
Não acabou aqui a nossa viagem
Mas aqui paro de escrever,
Têm de ver aquela paisagem,
É algo muito bom a não se perder.
Guilherme Gomes nº13, 12º E, 2022
Lara Cunha nº17, 12º E, 2022
Uma Visita ao Passado
Por um dia nublado
Realiza-se um passeio animado
Acontece aquela visita pelo passado
Descobrindo-se o grande Fernando Pessoa
Por um dia nublado
Inicia-se uma grande caminhada
Uma caminhada longa
Uma caminhada profunda
Pelo andar sincronizado
Por todas as etapas da história do passado
Pela estátua do próprio foi começado
E fui descendo
Por ruas estreitas passei
Da rua Nova do Almada me lembrei
São memórias que ainda hoje relembrei
Estava sincronizada, fascinada
E fui descendo
Onde tudo começou
Naquele quarto andar onde ele se encontrou
E fui descendo
Ouvia-se o rio,
O seu cantar,
A água contava-me,
Que de Pessoa se lembrava
Um lindo longo caminhar
Ruas e ruelas observei
Tanta coisa contarei!
Olhei para cima e vi
Um prédio antigo conheci
Um prédio cheio de história
Uma vida muito vivida
Repleta de contra-histórias
E subi,
Escadas intermináveis
De Pessoa eu vi
Aquele 3º andar
Todas as “Pessoas” de Pessoa eu li!
De Ricardo Reis a Alberto Caeiro,
Da nostalgia da infância ao negar do pensamento,
Uma base no fingir, vidas a descobrir,
Uma sala que me fazia fugir,
O famoso fugir do pensar...
E voltei a descer
Para um mundo eternizado
Por livros encadernados
Era ele, Fernando,
Aquele que tanto leu e escreveu
O 1º andar encontrei
Primeiro estranhei, e depois entranhei
Entendi, assim, que muito vivi
Muito aprendi, muito refleti.
Cláudia Teixeira, Nº5
Dara Ramos, Nº6
Inês Leitão, Nº15